Existem muitas coisas que as pessoas costumam a falar sobre vinhos que acabam sendo uma informação repassada no boca-a-boca. “Vinho bom é vinho caro” e “vinho com tampa de rosca não tem qualidade” são duas expressões muito comuns de escutar por aí… mas elas são mitos ou verdade?
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Vinho bom é vinho caro?
Não exatamente. Existem vinhos bons caros, é claro, porém, bons vinhos podem ser encontrados em valores mais baixos.
Existem alguns fatores que encarecem o preço do vinho no mercado, como o valor da terra onde os vinhedos são cultivados, se a mão-de-obra local é muito valorizada, o número de cachos que cada vinha produz, o processo de vinificação, o preço da garrafa, do rótulo.
Esses são motivos que encarecem um vinho, mas nem todos estão necessariamente ligados a características que o tornam melhores que outros. O melhor vinho, na verdade, é aquele que você gosta!
Vinho com tampa de rosca não tem qualidade?
Mito! A tampa de rosca, também chamada de screw cap, é uma tendência mundial e não tem nada a ver com a qualidade do vinho. 80% dos rótulos, de diferentes faixas de preço, de países como Austrália e Nova Zelândia são lacrados com esse tipo de tampa.
A screw cap possui baixo custo de reprodução, facilidade de manuseio (não precisa de saca-rolhas), é reciclável e ainda não é suscetível a contaminação por tricloroanisol.
A qualidade do vinho, na verdade, está relacionada a diversos fatores como a qualidade das uvas e o trabalho nos vinhedos. O lacre da garrafa é um dos detalhes finais de todo o processo de elaboração da bebida.
Vinho meio seco não tem qualidade?
Essa frase é uma dos muitos mitos que as pessoas costumam comentar. Algumas regiões quentes ou o processo de vinificação podem gerar uma certa concentração de açúcar residual. Se esse valor de açúcar estiver entre 4 g/L e 25 g/L, o vinho será classificado como meio seco.
Esse açúcar nada tem a ver com a qualidade da bebida e um vinho meio seco nem sempre é adocicado no paladar. A amplitude de açúcar para um vinho ser considerado meio seco é muito elevada.
Vinho ou espumante rosé é mais adocicado?
Outra expressão que faz parte dos mitos. As classificações dos vinhos tranquilos (sem gás) e dos espumantes são distintas, mas ambas se referem ao açúcar residual no produto pronto. Esse açúcar residual é aquele açúcar que não passou pelo processo fermentativo, ou seja, que não foi transformado em álcool.
Não importa se forem brancos, rosés ou tintos. A coloração depende do tipo de uva utilizada e/ou então do tempo que a casca fica em contato com o líquido.
É importante lembrar que a coloração do vinho está relacionada exclusivamente aos compostos de cor que estão na casca. Ou seja, nada tem a ver com a quantidade de açúcar. Então, é errado pensarmos que as bebidas rosés tendem a ser mais adocicadas.
1 comentários
Prefiro a “Screw Cap”, muito prático e requer pouca força para abrir na mão.