Um estudo chinês publicado no Journal of Diabetes Investigation mostrou que o consumo moderado de álcool tem uma ligação com a redução do risco de diabetes tipo 2. Neste caso, o vinho leva vantagem sobre a cerveja e destilados quando se trata de proteção contra a doença.
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Os pesquisadores da Universidade de Wuhan e Huazhong, na China, analisaram os efeitos do vinho, da cerveja e destilados, fazendo uma meta-análise de 13 estudos anteriores e concluíram que, apesar dos três estarem relacionados à redução do risco de diabetes, as pessoas que consumiam vinho tinham 20% menos chances de contrair a doença, os que bebiam cerveja tiveram resultado de 9% e os que tomavam destilados apenas 5%.
O estudo também mostrou que quem consumia cerveja e destilados em maiores quantidades do que o recomendado tinham o maior risco de ter diabetes, coisa que não acontecia com o vinho. Todavia… Beba com moderação!
E para quem já é diabético?
Uma outra pesquisa indicou que uma taça não eleva o açúcar no sangue e ainda protege o coração. O médico Walter Minicucci, presidente do Departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia diz que o álcool costuma a ser associado à elevação da glicemia, mas que “A cerveja faz a glicose subir, o vinho não”.
Recentemente, um estudo israelense com 194 voluntários confirmou que tomar uma taça por dia é seguro para diabéticos com a doença bem controlada (E realmente bem controlada). Quando repetido por dois anos, o hábito resultou em benefícios para o coração, como o aumento do bom colesterol principalmente entre quem tomou vinho tinto. Ainda que considere essencial que se façam mais pesquisas para a confirmação, Minicucci não vê problema em liberar um pouco a bebida. “Desde que o diabético tenha hábitos saudáveis”, ele frisa.
Se o indivíduo ainda não bebe, não há por que começar. Embora tenha suas vantagens (em doses moderadas), seria indicado para aquelas pessoas que já tem o hábito de beber vinho. “Caso contrário, compensa mais incentivar a boa dieta, o abandono do cigarro, e por aí vai”, argumenta Minicucci.