Muitos setores sofreram com a pandemia do coronavírus. No entanto, o mercado de vinhos teve alta de 31% em 2020. Ao todo, foram 501,1 milhões de litros comercializados em 2020 contra 383,9 milhões de litros no ano anterior.
Leia também: 3 filmes com tema de vinho para assistir de quarentena
Algumas pesquisas feitas ano passado mostraram como cresceu o consumo de vinho durante a pandemia. O Brasil chegou a comemorar recorde na quantidade de consumo, batendo 2,68 litros per capita, 26% a mais que em 2019. O delivery de vinho ainda cresceu nas capitais durante a pandemia, conforme um estudo da Ideal Consulting, empresa que mede o comércio entre vinícolas e supermercados, lojas e restaurantes, somando importações.
O levantamento final de 2020 da Ideal Consulting mostra números que captam a formação de estoque e não a venda na ponta. A venda de vinhos nacionais subiu 32,4% no ano passado, enquanto os importados tiveram crescimento de 26,5%. Assim, o produto brasileiro ganhou 3 pontos percentuais no mercado.
Devido ao dólar alto, os brasileiros deram preferência aos vinhos nacionais. A moeda americana teve alta acumulada de 29% no ano, elevando junto o preço de produtos importados. Dessa forma, os produtores de vinhos finos brasileiros ganharam 2 pontos percentuais do mercado, um crescimento de 100% em 2020.
No entanto, por conta das pressões de mercado de commodities, por exemplo, as vinícolas brasileiras sofreram com a falta de garrafas e caixas de papelão nos últimos meses.
A diferença para outros mercados é considerável. O líder do ranking da OIV foi Portugal, que teve consumo de 62 litros per capita naquele ano. Franceses beberam 50 litros em média. Italianos, 44 litros. Argentinos, 25 litros. Em outras palavras: a cada garrafa bebida por um brasileiro, mais de 30 são consumidas por um português.