Até parece ser uma grafia diferente para a mesma coisa, mas não é. Aqui no Brasil, é comum ver as pessoas chamarem de champagne todos aqueles vinhos brancos que possuem as borbulhas frisantes chamadas de perlage. Porém, não é bem assim.
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Para aprender a diferença, é essencial decorar essa frase:
Nem todo espumante é champagne, mas todo champagne é espumante.
Champagne é o que nós chamamos quando a bebida tem origem especificamente da província francesa de mesmo nome. Mas não é só isso: eles possuem métodos diferentes de fabricação e todos são certificados com a indicação AOC (Appellation d’origine contrôlée), uma especificação que denomina a origem do produto.
Em sua fabricação, as garrafas são obrigatoriamente estocadas em túneis profundos, tornando o custo dessa bebida mais elevado. Outro aspecto importante é o tempo de maturação. Um champagne comum leva pelo menos dois anos para ficar pronto, enquanto os mais especiais podem chegar até cinco anos.
Já a palavra “espumante” é usada para determinar qualquer tipo de espumante, independentemente do lugar que ele foi produzido ou o seu método de produção. Por exemplo, o espumante Salton Brut é apenas espumante, pois sua origem é de Bento Golçalves. Porém, o Veuve Clicquot Rosé é considerado espumante e champagne, por ser de fabricação francesa.
Porém, existem espumantes fora da França que são chamados de champagne, por usarem o mesmo método utilizado pelos franceses. É o caso da vinícola brasileira Peterlongo, com seus rótulos Peterlongo Elegance Brut e Peterlongo Elegance Nature. Além do mesmo método de elaboração do champagne, essas bebidas também passam pelas mesmas condições de produção e armazenagem. A construção segue os padrões da região de Champagne, suas instalações incluem uma residência em forma de castelo e uma cave subterrânea de 10 mil m². Todas em pedra basalto para manter a temperatura das garrafas.
O champagne também pode ser escrito em suas versões aportuguesadas, que são “champanhe” ou “champanha”.
Referências: Art des Caves, Veja