Combinar vinho com alimentos nem sempre é uma tarefa fácil. É importante considerar todos os sabores que estão no prato, além dos sabores do próprio vinho.
Existem regras de ouro para fazer a harmonização dar certo. Ainda assim, há erros comuns que as pessoas costumam cometer, que podem estar atrapalhando a sua combinação de dar certo. Sendo assim, separamos 5 erros na harmonização de vinhos e alimentos para você saber o que evitar!
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1 – Ignorar a presença de alguns ingredientes “difíceis”
Alguns ingredientes dificultam a harmonização com vinho, pois elementos deles podem causar sensações desagradáveis. Esse é o exemplo de ovos, aspargos, alcachofras e muitos frutos do mar.
O aspargo possui fósforo e metil mercaptano, dois componentes que costumam “complicar” o sabor dos vinhos. O metil mercaptano, inclusive, é responsável por um defeito muito comum nos vinhos que pode resultar em odor de cebolas ou borracha.
A alcachofra faz com que tudo tenha gosto adocicado (pelo efeito do Cynarin), o que pode não ser, exatamente, o que você espera do seu vinho.
Já o ovo, sobretudo a gema, costuma recobrir o palato impedindo a melhor apreciação da bebida. Quando ele está misturado a outros ingredientes e cozido, seus “danos” são contidos.
Finalmente, o iodo, presente em muitos peixes e na grande maioria dos frutos do mar, reage negativamente com taninos, produzindo um gosto metálico na boca.
2 – Bolo de casamento e Champagne
Em uma festa de casamento, é comum brindar com champagne enquanto come um pedaço do bolo. No entanto, essa combinação nem sempre dá certo. Claro que isso depende do sabor do bolo e do espumante.
Isso ocorre porque quando combinamos uma sobremesa mais doce do que o vinho, destruímos os sabores sutis da bebida, transformando-a, no caso do Champagne ou qualquer outro espumante, em uma taça de suco gaseificado. A regra da sobremesa é que ela deve sempre ser menos doce do que o vinho.
3 – Harmonizar seu vinho preferido com todo tipo de prato
Quando encontramos nosso vinho preferido (ou até mesmo uma variedade de uva), é normal querermos combinar ele com qualquer tipo de prato. Porém, pode acabar sendo frustrante e acabar com o sabor da bebida ao desconsiderar os ingredientes do alimento que será consumido. Procure avaliar antes de tomar essa decisão.
4 – Harmonizar aquela garrafa especial envelhecida com seu melhor prato
Assim como seu vinho preferido não harmoniza com qualquer coisa, uma garrafa envelhecida muito provavelmente não irá combinar com seu melhor prato, mesmo que seja por motivos diferentes.
O longo processo de envelhecimento de um vinho, ao mesmo tempo que adiciona muita complexidade aos sabores, também suaviza qualquer aresta do vinho e o deixa mais delicado.
Pela relevância do momento em que um vinho tão especial é aberto, somos induzidos e querer servir nosso melhor prato ou, no restaurante, pedir aquela preparação “ultra” elaborada.
Mas, na verdade, esse é o momento de quebrar a regra da harmonização e deixar apenas uma estrela no palco: o vinho. Esse momento é do vinho, o prato não pode fazer qualquer intromissão. Assim, opte por preparações com poucos ingredientes e elaborações mais simples, sem perder a elegância que o momento merece.
5 – Não experimentar
Apesar de existirem regras que ajudam as combinações darem certo, a harmonização é uma área de descobertas e experimentos. A quantidade de alimentos e vinhos é infinita, assim como as possibilidades de sabores e de interações entre eles. Talvez você descubra alguma nova harmonização, que você não conseguiu encontrar na internet ou que alguém ainda não tenha sugerido para um vinho “x”. O importante é experimentar e encontrar o que agrada seu paladar.
Gostou das dicas? Esperamos ajudar você que curte beber vinho com algum prato!