“Corpo do vinho” é um dos primeiros termos que nós ouvimos falar quando iniciamos no mundo do vinho, pois é uma característica que ajuda a conhecer mais os estilos diferentes da bebida. Aprenda o que são os vinhos encorpados e como reconhecê-los abaixo.
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Vinhos encorpados: o que são?
O corpo do vinho é feito 80% da água proveniente da uva e o restante é álcool, polifenóis (taninos, antocianas, etc.), açúcares e compostos químicos responsáveis pelos aromas e sabores. Esses porcentuais, no entanto, alternam de acordo com a safra.
Existem diversos fatores que definem se o vinho é encorpado ou não. A safra, a região e o método de elaboração influenciam muito, assim como a própria uva utilizada. Variedades como Cabernet Sauvignon, Petit Verdot, Syrah, Tempranillo e Touriga Nacional geneticamente possuem maior concentração de taninos e cor.
Outro ponto que intensifica o corpo do vinho é a passagem por madeira. Além dos aromas e dos sabores que a maturação nas barricas agrega, o contato com o carvalho também extrai taninos, que incorporam à bebida, aumentando sua estrutura fenólica e, consequentemente, o corpo.
Vinhos encorpados: como reconhecer?
Vinhos encorpados são fáceis de identificar, pois “pesam” mais na língua. Compare com sua experiência bebendo leite: a versão desnatada contém menos açúcar e gordura, enquanto a integral contém uma estrutura maior, pois é um leite mais rico, mais pesado e estruturado. Ou seja, pode-se dizer que o leite integral é mais encorpado. Com o vinho, utilizamos essa mesma lógica.
Devido a esse “peso” que sente-se no paladar, os vinhos encorpados costumam ser mais degustados em dias frios. Eles aquecem o corpo e combinam perfeitamente com pratos mais elaborados e temperados. Por isso é tão comum ver o vinho tinto ser relacionado ao inverno, pois existem versões com mais corpo, diferente dos rosés e brancos que são mais leves e, portanto, mais apreciados no verão.
Referência: ZH