Quem sofre de doenças relacionadas ao glúten, como intolerância, alergia ou doença celíaca (distúrbio autoimune que causa danos ao intestino delgado) precisa ficar atento com o que está ingerindo, lendo os rótulos de alimentos e de líquidos. Bebidas como cerveja devem ser evitadas, mas e o vinho, será que pode?
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O glúten é uma proteína encontrada em diversos cereais como trigo, cevada, entre outros. Pães, queijos, bolos e cervejas geralmente contém glúten e precisam estar fora do cardápio de quem tem intolerância, alergia ou doença celíaca.
O vinho, felizmente, pode ser tomado sem preocupação. Ele é composto por uvas e, durante o processo, não é exposto ao glúten – a não ser em raríssimas exceções e, mesmo assim, em quantidades insignificantes (menos de 20 partes por milhão), geralmente incapazes de desencadear distúrbios em quem possui alergia.
O contato do vinho com o glúten só pode acontecer caso ele seja envelhecido em barricas seladas com pasta de trigo. Porém, essa pasta é pouco usada e a maioria das selagens é feita com pastas de cera. Mesmo quando a pasta de trigo é utilizada, a exposição dela ao vinho é insignificante.
Outra situação de contato poderia acontecer caso fossem usados agentes de refinamento que contenham glúten. No entanto, essa é outra prática raríssima. Além disso, mesmo quando usado, já foi verificado em pesquisa científica que esses agentes continham níveis de glúten também insignificantes.
Caso você precise evitar o glúten, seja por doença ou por indicação nutricional, não é necessário evitar o vinho. De qualquer forma, beba com moderação!