Você já deve ter ouvido falar que ao armazenar uma garrafa de vinho, é melhor não ficar agitando-a e trocando-a de lugar várias vezes. A sugestão sempre é: “guarde o vinho horizontalmente, em temperatura constante de 10ºC, livre de agitação”. Mas porque a agitação pode ser tão prejudicial ao vinho?
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Um estudo feito em 2008 e publicado no the Journal of Food Composition and Analysis, entitulado de ‘Effect of vibration and storage on some physico-chemical properties of a commercial red wine’ (O efeito da vibração e armazenamento em algumas propriedades físico-químicas de um vinho tinto comercial) mostrou que o excesso de agitação do vinho resulta em diversos problemas. A vibração pode perturbar os sedimentos presentes na garrafa e também causar reações químicas complexas que são menos visíveis.
A agitação (e o resultado de aumento da energia cinética resultante na garrafa) causa diminuição dos ácidos tartáricos e succínico, o que reduz os ésteres, entorpecendo os sabores da bebida.
Além disso, a vibração desnecessária da garrafa também pode aumentar a quantidade de propanol no vinho (o que reduz o aroma) e também a quantidade de álcool isoamílico (que acentua notas de acetona), resultando em um índice de refração mais alto, o que faz o sabor do vinho ficar mais doce.
Portanto, para evitar que tais problemas apareçam na garrafa de vinho que você comprou, a dica continua sendo a mesma: nunca guarde um vinho na porta da geladeira, pois o abrir e fechar pode acabar estragando-o mais cedo que o esperado.
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Referências: Decanter, 2018. | Foto: iStock