O vinho é um dos produtos mais importantes para Portugal, pois, ao longo da história, contribuiu grandemente para que o país fosse conhecido comercialmente no exterior.
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Segundo estudos, é normalmente aceito que o Império Romano foi a entidade responsável por uma proliferação do vinho pelo continente europeu. A Península Ibérica, e Portugal, em concreto, não seria exceção. Estudos arqueológicos revelam que o homem proto-histórico desta zona consumiria uma bebida fermentada, quiçá o mais remoto antepassado da cerveja. Ainda assim, os romanos exportariam a tão apreciada bebida ou os ricos proprietários que se deslocaram para a atual zona de Portugal confeccionavam o vinho dentro dos seus terrenos. O famoso cronista de então, Estrabão*, revela que existia na região um consumo de vinho, ainda que, no seu entender, de confecção rudimentar.
*Estrabão (63 a.C. ou 64 a.C. — ca. 24) foi um historiador, geógrafo e filósofo grego. Foi o autor da monumental Geografia, um tratado de 17 livros contendo a história e descrições de povos e locais de todo o mundo que lhe era conhecido à época.
Curiosamente, acredita-se que a produção de cerveja tenha surgido de maneira semi-industrial em comunidades religiosas, assim como o vinho. Isso ocorreu porque, durante a época da Páscoa, o consumo de vinho era proibido, o que levou à necessidade de encontrar um substituto. No entanto, a cerveja, considerada uma bebida pagã por ter sido trazida por povos “bárbaros” segundo os cronistas da época, demorou bastante tempo para ser amplamente aceita pela população.
É importante ressaltar que a indústria vinícola provavelmente surgiu posteriormente. Há poucos relatos sobre esse período, mas aproximadamente no século XI começaram a surgir as primeiras referências, em documentos contemporâneos, à produção de vinho com o objetivo de vendê-lo como excedente. Em outras palavras, alguns conventos na região norte de Portugal iniciaram o comércio desse produto, o que se tornou o embrião da expansão do magnífico vinho produzido próximo ao rio Douro.
Com o tempo, o vinho se tornou popular em vários países, principalmente para os mediterrânicos, onde ele era muito apreciado. Do claustro conventual, a produção se tornou mais abrangente e surgiram por todo país castas regionais que têm cativado clientes por todo mundo, com destaque para o vinho do Porto, referido anteriormente como o vinho armazenado nas caves de Vila Nova de Gaia.
É relevante ressaltar também a importância da influência religiosa na expansão da produção de vinho. Na celebração da Eucaristia do catolicismo, por exemplo, o vinho é considerado como uma representação simbólica do sangue de Jesus Cristo, derramado para redimir os pecados da humanidade.
Assim, é completamente compreensível que, dentro de um contexto ocidental, a cerveja tenha tido mais oportunidades de ser conhecida e apreciada. No entanto, isso não exclui, é claro, o seu sabor intrínseco e o fato de que a degustação dessa bebida é uma experiência única, repleta de sensações que quem gosta não hesita em descrever. No que se refere à qualidade do vinho, é inegável que Portugal desempenha um papel significativo no cenário internacional.
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