Nos últimos meses, Portugal colocou-se no lugar de segundo maior exportador de vinhos para o Brasil, ficando apenas atrás do Chile e à frente de países como Argentina e Itália.
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Enquanto as importações de vinhos no geral cresceram apenas 0,24% entre janeiro e maio, na comparação com o mesmo período de 2017, as de vinhos portugueses subiram 12%. Números do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços) mostram que as importações de vinhos portugueses superaram em 7,8% as argentinas de janeiro a maio de 2018, em volume.
No período, foram comprados 6 milhões de litros de vinhos portugueses (US$ 20,1 milhões) ante 5,5 milhões de litros da Argentina (US$ 19,1 milhões). Em 2017, se não fossem considerados os espumantes argentinos, Portugal já teria sido o segundo maior exportador.
O Brasil é o número oito na lista de países que mais compram vinhos portugueses — aumento de 46,7% no volume de exportações em 2017, na comparação com o ano anterior.
Inês Pinto, gestora de mercado da Vinhos de Portugal, entidade que representa empresas do setor vitivinícola, diz que os produtores portugueses investem em marketing para conquistar os brasileiros, porém os impostos e a cultura são os maiores desafios.
“Os impostos continuam a ser a principal barreira à entrada dos nossos vinhos no mercado [brasileiro]. Mas existem outras barreiras, que têm a ver com hábitos de consumo. O Brasil é um país de cerveja, onde o consumo de vinho per capita foi de 2 litros por habitante em 2017, o que é muito baixo quando comparado com países europeus e até sul-americanos”, diz ela.
Porém, isso não parece desanimar os portugueses. Sónia Vieira, coordenadora de promoção e educação da Vinhos de Portugal, disse que “Este é cada vez mais um mercado onde queremos estar, com as melhores referências, os melhores produtores, mostrando a diversidade que Portugal pode oferecer para vários tipos de público”.
Fonte: R7