A presença de ovelhas em vinhedos pode melhorar o terroir. Isso é o que indica um estudo da Extensão Cooperativa da Universidade da Califórnia (UCCE) e a UC Davis. Eles descobriram que o pastoreio de ovelhas pode aumentar o sequestro de carbono e melhorar a saúde do solo, a biomassa microbiana e o teor de nutrientes nos vinhedos.
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A pesquisadora Kelcey Brewer da UC Davis comparou dados de 10 anos de vinhedos do norte da Califórnia em quesitos como armazenamento de carbono do solo, saúde do solo e nutrientes e chegou às seguintes conclusões:
- O sequestro de carbono orgânico total do solo aumentou com o pastejo de ovinos.
- A biomassa microbiana foi substancialmente maior.
- As parcelas pastoreadas apresentaram maiores quantidades de nitrogênio e fósforo disponíveis.
- A estrutura do solo da vinha não foi afetada pelo pastoreio de ovelhas.
As ovelhas comem ervas daninhas que crescem na base das vinhas e, à medida que pastam, fertilizam o solo.
Geralmente os produtores deixam o rebanho livre durante a grande maioria do inverno e outono, até o início da primavera, mas evitam épocas de brotação, os animais não têm escrúpulos quanto a experimentar uma ou outra uva.
Algumas vinícolas já “usam” animais para ajudar a viticultura. Animais domesticados e selvagens podem ajudar nos mais variados aspectos. O uso de cavalos para o arado, por exemplo, continua sendo muito comum, mesmo após a introdução dos tratores. Rebanhos de ovelhas, gansos, galinhas, porcos e outros bichos também foram criados ao redor dos vinhedos, mesmo após o surgimento de pesticidas para controle de pragas.
No entanto, também existe uma lista de animais que adoram ser ladrões de uvas nas vinícolas. Nós já falamos sobre eles também e você pode conferir clicando aqui!