Um vinho ter algum defeito já é uma coisa rara. O bouchonné, por exemplo, que é o fungo na rolha de cortiça, é o defeito mais conhecido que pode aparecer. No entanto, mesmo assim é difícil você comprar alguma garrafa com o problema.
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Atualmente, o processo de produção de vinho está muito melhor que o passado devido às tecnologias avançadas. Alguns defeitos na produção tornaram-se realmente raros, mas, ainda assim, podem aparecer, principalmente em vinhos feitos de maneira muito artesanal, quase caseiros.
Enólogos dizem que esses são defeitos que eles estudam na universidade, mas que depois não têm mais contato com eles. Confira dois defeitos em vinhos que se tornaram incomuns, mas ainda possíveis de surgir:
Defeito: “A volta”
Essa irregularidade é chamada de “girato” em italiano e “tourné” em francês. Caracteriza um vinho turvo, escurecido com produção de dióxido de carbono, com odor acético intenso e um sabor muito desagradável. Isso ocorre devido a microrganismos que atacam o ácido tartárico, o tártaro e o ácido málico, decompondo-os, com produção de grandes doses notáveis de ácidos voláteis.
Defeito: Gordura
Os espanhóis chamam de “enfermidade de la grasa”. O vinho se torna viscoso graças ao ataque de bactérias que transformam o açúcar em substâncias acéticas ou láticas, dando ao vinho uma viscosidade como se fosse um azeite.
Esse tipo de problema, mesmo sendo raro, pode aparecer mais em vinhos brancos de baixa acidez. No entanto – e mais incomum ainda -, tintos também podem apresentar o defeito.