Com mais dias quentes e o verão se aproximando, as temperaturas aumentam bastante, trazendo também dúvidas comuns para os amantes de vinho: como manter a qualidade da bebida mesmo quando está muito calor?
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Nessa época, é realmente necessário ter mais cuidado, pois o calor excessivo pode estragar o vinho, transformando-o em vinagre.
Para conservá-los, a melhor opção sempre será ter uma adega climatizada. Ela evita não apenas o calor, mas também as variações de temperatura, coisa que tem acontecido com mais frequência. Caso isso não seja viável, uma alternativa é colocá-los nos ambientes mais frescos da residência.
Independentemente de onde for guardar as garrafas, é preciso saber que o calor excessivo é um problema para o vinho. Portanto, procure não colocá-los em varandas e cozinhas, pois geralmente são ambientes mais quentes. Prefira locais sem oscilação de temperatura e ambientes escuros. A umidade do local também não deve ser alta, nem muito baixa.
A temperatura ideal de armazenamento é de 13ºC a 15ºC, mas se estiver um pouquinho abaixo dos 13 não tem problema (como 11ºC ou 12ºC). Quanto mais alta a temperatura, maior a velocidade das reações químicas e, consequentemente, mais rápida a deterioração do vinho.
A posição em que a garrafa é armazenada também é algo a se considerar. Vinhos que serão consumidos em até cinco anos podem ficar na posição horizontal ou vertical.
Muitas pessoas que não possuem uma adega climatizada costumam a armazenar seus vinhos na geladeira, no entanto, isso não é recomendado. A baixa umidade do ambiente pode secar a rolha, fazendo com que ela retraia e deixe livre a entrada de oxigênio. A geladeira só é útil para deixar resfriar a bebida ou gelar antes de tomar, ou então guardar vinhos que não foram totalmente consumidos.
Por que o calor é ruim?
Com elevações e variações na temperatura, as reações químicas dentro da garrafa não param e aumentam de velocidade. Isso significa que o calor pode acelerar o processo de envelhecimento da bebida, alterando o sabor e e a qualidade.
Quanto maior a temperatura, mais rápido o vinho estraga, podendo gerar aromas e sabores desagradáveis.
Os tipos mais suscetíveis à degradação são os vinhos brancos, rosés e espumantes, pois têm menos compostos antioxidantes quando comparados com os tintos.
Além disso, é importante ter em mente que nem todos os vinhos foram feitos para serem envelhecidos. Se comprar um vinho jovem, consuma-o em até dois anos (tempo que varia de vinho para vinho), pois a partir daí a vida dele começa a cair.