O mundo de vinho está em constante evolução. Desde os jarros de barro à tonéis de aço, é graças à novas técnicas e tecnologia que os vinhos atualmente estão cada vez melhores e mais diversificados. Certas técnicas foram tão importantes que revolucionaram a produção do vinho.
Leia também: Você sabia que vinhos podem conter enxofre?
Durante séculos de história de vinho, diversas descobertas ou melhorias foram feitas na sua produção. Foram mudanças no processo de fermentação, no manejo da vinha e até mesmo na embalagem. Confira abaixo algumas técnicas que mudaram a forma que a bebida é feita.
Análise do solo
A análise de solo é extremamente importante para a vitivinicultura atual. Antes de cultivar qualquer coisa, todo produtor tem feito estudos aprofundados sobre as propriedades do solo, com avaliação de condutividade elétrica, por exemplo, que informa a salinidade da terra. Também avalia-se a composição mineral, a densidade, entre outras coisas.
Nessa análise, cada espaço do vinhedo é mapeado para que se obtenha a melhor resposta possível na plantação de uvas.
Tampas de rosca
Pode parecer bem recente, mas as tampas de rosca (também chamada de screwcaps) apareceram na indústria de vinho pelo final do ano 1950. Além disso, a ideia já tinha sido patenteada há mais de um século.
Essa inovação, no entanto, aparenta ser recente porque esse tipo de lacre não chegou a dominar o mercado. Muitas pessoas ainda dão preferência para as garrafas fechadas com rolhas de cortiça. No entanto, de qualquer forma, foram um marco evolutivo na indústria. As tampas de rosca providenciam agilidade e praticidade na hora de servir, conservando o vinho de maneira eficiente.
Produtores tradicionais de rolha de cortiça sempre tentavam desenvolver novas tecnologias para eliminar os defeitos (como o bouchonné) do lacre. Ao fazer essa substituição ou simplesmente incluir a tampa de rosca em alguns de seus rótulos, esse tipo de fechamento começou a ganhar mais espaço.
Pasteurização
O processo de pasteurização foi inventado por Louis Pasteur na França, durante a década de 1860. Antes disso, produtores de vinho queriam resolver o problema de suas bebidas estragarem rapidamente.
A ideia de Pasteur era aquecer o vinho à 60ºC por alguns minutos e depois resfriá-lo. Dessa forma, os microorganismos presentes na bebida não se proliferam mais e ela dura mais.
Com o tempo foram descobrindo outras formas de preservar o vinho sem precisar pasteurizá-lo.
Seleção mecânica de uvas
Na Antiguidade, as uvas utilizadas para fazer vinhos era selecionadas uma a uma manualmente por funcionários treinados.
Já hoje em dia, usa-se uma máquina de leitura ótica, que fazem o mesmo serviço de maneira mais rápida e eficiente. Basta o produtor colocar no equipamento o tipo de grão, o formato, a cor, etc., que ele quer que seja selecionado. Dessa forma, é feita uma separação de qualidade, que remove as bagas ruins ou de alguma forma inadequadas, além de descartar outros materiais como sujeiras.
Micro-oxigenação
Já que pouco oxigênio pode ser tão prejudicial ao vinho quanto ao excesso, controlá-lo adequadamente é essencial.
A técnica de micro-oxigenação foi criada em 1990 e consiste em introduzir o oxigênio em pequenas quantidades durante os primeiros estágios da fermentação e/ou na maturação.
Esse processo dá cor ao vinho, aroma e melhor sensação em boca.
Tanques de aço inoxidável
Os tanques de inox foi uma invenção da indústria de laticínios, que também começou a ser usada pelas vinícolas. Elas são práticos, fáceis de limpar e manusear. Estão na vitivinicultura desde os anos 1960.
Além disso, esses tanques deram mais controle ao produtor de vinho, que pode monitorar cuidadosamente as diversas fases de vinificação.
Durante a fermentação da bebida, por exemplo, era comum que a temperatura subisse demais, especialmente em locais quentes. Com os tanques de aço inoxidável, é possível fazer ajustes precisos sem ter que colocar pedras de gelo sobre o mosto.