Celebrada na Espanha, onde origina vinhos desde o século XI, seu nome vem do espanhol temprano, que significa cedo, uma referência ao seu amadurecimento que ocorre antes de diversas uvas tintas. É uma uva de casca relativamente grossa – principalmente os clones da Ribera Del Duero e de Toro – que gera vinhos de coloração intensa.
A Rioja é sua região tradicional. Na Ribera Del Duero, ela é chamada de Tinto Fino, um clone de cor ainda mais tinta que origina vinhos de cor profunda e muito complexos. No Penedès, recebe o curioso nome de Ull de Llebre, (olho de lebre), e em Valdepeñas a Tempranillo é a Cencibel. Dependendo do tratamento que as uvas rcebem e de como os vinhos são feitos, podem envelhecer por longos anos. Para aproveitar esse potencial, os espanhóis incluíram os vinhos Crianza, Reserva e Gran Reserva na sua legislação, e eles estagiam no carvalho por seis, doze e dezoito meses, respectivamente.
Dependendo do tratamento que as uvas rcebem e de como os vinhos são feitos, podem envelhecer por longos anos. Para aproveitar esse potencial, os espanhóis incluíram os vinhos Crianza, Reserva e Gran Reserva na sua legislação, e eles estagiam no carvalho por seis, doze e dezoito meses, respectivamente. Na Rioja, o período de estágio é ainda maior e a Tempranillo compõe a maioria dos vinhos. Quando cortados com Garnacha e Mazuelo, a Tempranillo normalmente representa a maior proporção do corte. Os seus aromas alcançam as frutas vermelhas como morangos e mirtilos nos vinhos mais leves e despretensiosos; aqueles destinados ao consumo quando jovens. Quando as uvas têm potencial de envelhecimento, o perfil aromático pode mudar, passando para uma fruta mais madura como cerejas negras e também notas de especiarias, chocolate ou defumadas.
Mas se é a mesma uva, o leitor deve estar indagando-se o que faz com que algumas parcelas de Tempranillo tenham potencial de envelhecimento e outras não. Em primeiro lugar, depende do local onde a uva cresce. Como essa uva tem uma propensão a produzir vinhos de baixa acidez, quando as uvas crescem em locais de clima moderado, seja pela altitude ou por influência de massas de água, o resultado será um vinho mais vibrante, com acidez que permite estágios mais longos em carvalho. Em segundo lugar, depende dos rendimentos do vinhedo, pois rendimentos menores resultam em uva mais concentrada, que por sua vez, entrega ao vinho maior potencial de guarda. Por fim, quando cortada com outras uvas, igualmente ou mais tânicas, essas parceiras potencializam as condições naturais de envelhecimento da Tempranillo.
Além da Espanha, ela também é encontrada na Austrália, onde faz vinhos intensos com profundidade no paladar e fruta super madura, na Argentina, em locais privilegiados ao pé da Cordilheira dos Andes, e na California, que produz Tempranillos jovens, bastante macios e fáceis de beber. Porém, além dessas, a maioria das regiões vitivinícolas já experimentou ou experimenta cultivar pequenas quantidades de Tempranillo espelhando-se nos exemplares espanhóis e sempre buscando apresentar novas alternativas a um mercado bastante dominado pela Cabernet Sauvignon.