Conforme se aproxima o final do ano, as bebidas para celebrações avançam no circuito das mais concorridas. Possuem um encanto e charme natural por conta das borbulhas, mas as possibilidades vão além das festas ou happy hour, pois podem perfeitamente ser o acompanhamento para almoços e jantares.
Há três principais métodos através dos quais um vinho pode tornar-se espumante: método tradicional, método Charmat e Asti. O método Charmat ou de tanque é utilizado nos espumantes para os quais não se almeja muita longevidade. São espumantes jovens, com bastante frescor, e às vezes têm um pouco de açúcar residual para compensar a acidez. O Prosecco, feito com a uva Glera, entra nesse perfil. Possui aromas florais e de maçãs, tem corpo bem leve e, normalmente, é encontrado nas versões Brut, Extra Dry e Dry. O Brut é seco, pois tem menos de doze gramas de açúcar por litro, e as outras versões têm sabor levemente adocicado. Espumantes feitos pelo método Charmat podem incluir outras uvas brancas, como Chardonnay, Riesling, Pinot Blanc, Pinot Gris e também algumas tintas, mas a principal delas é a Pinot Noir, que é também clássica no champenoise.
O método tradicional ou champenoise é o mesmo utilizado em Champagne, e todos os vinhos daquela famosa região francesa são elaborados por esse método. Após a finalização do vinho base, ele é engarrafado com o licor de tiragem, que é composto de açúcar e leveduras. Esse licor será responsável por desencadear a segunda fermentação dentro da garrafa. Após o processo, o espumante segue em contato com as borras das leveduras. Esse estágio seguinte enriquece os compostos aromáticos e de sabor do espumante assim como trabalha sua textura. Quanto mais tempo de contato, mais rico e exuberante é o resultado. O Champagne estagia por no mínimo quinze meses e isso contribui com as notas de amêndoas, nozes, pão tostado e brioche. Ele é ideal para o curso de um jantar, do começo ao fim. Há muitos espumantes feitos no modelo de Champagne em diversas partes do mundo. Para sua composição são utilizadas as uvas clássicas Chardonnay e Pinot Noir e, naturalmente, eles são feitos através do método tradicional. É comum esses espumantes amadurecerem com as borras das leveduras durante doze, quinze ou vinte e quatro meses, o que lhes confere bastante elegância. Podemos encontrar exemplares da África do Sul, como o Cap Classique, da Nova Zelândia, especialmente os da região de Marlborough, da Tasmânia, dos Estados Unidos, em algumas partes da Califórnia, e do Brasil, na região de Pinto Bandeira.
O método Asti é uma variação do método Charmat e é utilizado para elaborar espumantes leves, de baixo teor alcoólico, com a uva aromática Moscato. O espumante Asti (ou tipo Asti) é perfumado e fragrante, com aroma de flor de laranjeira, gerânio e lichia. Na boca, tem sabor doce e é ideal para acompanhar sobremesas.
Para cada ocasião existe um espumante que se encaixa melhor porque há muitos estilos diferentes, como é o caso desses que abordamos. Através do método, é possível perceber as nuances em termos de complexidade e compor as melhores harmonizações no que se refere à proposta da festa e ao cardápio que será servido.