O Espírito Santo é o estado com maior consumo de vinho por pessoa no País, conforme o estudo mais recente realizado pela Ideal Consulting em parceria com a Pró-Vinho.
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De acordo com os números, o consumo anual por habitante no Estado foi de 6,2 litros em 2018. Isso equivale a pouco mais de 8 garrafas de 750 ml. O Estado superou Rio Grande do Sul (5,46 litros), Rio de Janeiro (4,29 litros) e São Paulo (2,7 litros).
De acordo com o sommelier e professor de enogastronomia Franklin Bittencourt, hoje o consumo de vinho no Estado é grande por três fatores: a cultura enológica inserida por meio dos imigrantes italianos, as feiras de vinho que, segundo ele, estão entres as melhores e mais organizadas do País e as boas lojas, que vendem vinho de qualidade.
Ele explicou que a quantidade produzida no Estado é pequena. “É uma produção artesanal”. Mas ressaltou que, embora o Espírito Santo não tenha as condições climáticas ideais, a tecnologia ajuda a superar isso.
Destacou ainda que não se faz vinho bom de uma hora para outra, isso requer pesquisa, estudo, além de depender de trabalho de poda, índice pluviométrico e amplitude térmica. “São vários fatores que vão sendo estudados e adaptados”.
Fundador da Académie Du Vin, Bittencourt é responsável pela formação de 80% dos sommeliers no Estado. Ele explicou que o vinho chileno é o preferido do capixaba. Entre eles, Memórias, Calicanto e Alma Viva.
Quando se trata de vinho tinto, as uvas preferidas são carménère e cabernet sauvignon. Já quando o assunto é vinho branco, as prediletas são sauvignon blanc e chardonnay.
Segundo ele, existem grupos bastante distintos que consomem vinhos no Estado. Há um mais elitizado, que é aquele que pode pagar mais, que viaja, faz cursos sobre o assunto e paga, em média, até R$ 1 mil em uma garrafa de vinho. E tem aqueles que estão começando a conhecer o mundo do vinho, que pagam de R$ 60 até R$ 100 em uma garrafa.
De acordo com a presidente do Sindicato das Bebidas em Geral do Estado (Sindibebidas), Juliana Reggiani, a demanda por vinhos regionais e/ou artesanais no Estado tem aumentado em função da sua qualidade, bem como do apelo cultural alavancado pelo programa de turismo rural/agroturismo.
Fonte: Findes, levantamento da Ideal Consulting, em parceria com a Pró-Vinho, e Franklin Bittencourt, sommelier, professor de enogastronomia e fundador da Académie Du Vin. | Divulgação: Tribuna Online