Caso não tenha percebido, vinhos possuem modelos diferentes de rolhas. Eles ajudam na conservação do vinho e cada uma serve para um tipo específico, fazendo com que a bebida dure o tempo ideal. Antigamente, era mais comum que fossem feitas de cortiça, porém, com a escassez da matéria-prima, foram feitas inovações que são cada vez mais utilizadas pelo mercado.
Leia também: Vinho ajuda a manter o corpo jovem
Rolhas de cortiça
As rolhas de cortiça foram tão usadas que são as mais associadas a vinhos. Elas são aquelas beges/marrons bem conhecidas, as vezes até tonalizadas ou carimbadas com o nome da vinícola. A cortiça é um material extraído da casca do sobreiro, árvore comum em Portugal – o que justifica o país ser o maior produtor de cortiça do mundo.
Após a árvore ser plantada, são necessários 20 anos para que o material seja extraído, e mais 9 para que a coleta seja feita novamente. As rolhas de cortiça evitam com durabilidade que o oxigênio entre em contato com vinho no interior da garrafa. Apesar disso, o material é vulnerável à uma contaminação (por tricloroanisol) que pode causar cheiro de mofo e estragar o vinho.
Rolha de cortiça maciça
Feita apenas de cortiça e portanto, de melhor qualidade. Quanto maior e elástica a rolha for, melhor para que ela tenha a aderência necessária para vedar bem a boca da garrafa.
Rolha de aglomerado de cortiça
Diferente da maciça, essa é feita a partir de pequenos pedaços de cortiça unidos por uma cola especial. A sua elasticidade e durabilidade são menores, então ela é ideal para vinhos jovens.
Rolha de espumante
Já é visualmente diferente das utilizadas em vinhos. O seu formato original é cilíndrico e é feito de cortiça aglomerada. A forma elíptica que fica para fora da garrafa apresenta o diâmetro original, enquanto a parte de dentro diminui de volume por causa do função da pressão exercida pelo gargalo da garrafa.
Rolha sintética
Como alternativa para as feitas de cortiça, a rolha sintética chegou nos anos 90. Elas são mais acessíveis e não são vulneráveis a contaminação de tricloroanisol. Entretanto, o tempo de vedação e conservação ainda não são comprovados, o que faz com que esse tipo de rolha seja mais utilizado em vinhos mais jovens, com durabilidade de 5 anos. Cerca de 20% de rótulos comercializados mundialmente são engarrafados com essa rolha.
Tampa de rosca
Comum em outros tipos de bebidas como sucos, águas e destilados. Essa é uma tampa metálica com parte interna metalizada e rosqueada, coberta com plástico inerte que limita o contato do oxigênio com o vinho. Sua durabilidade também é incerta, todavia, possui baixo custo de reprodução, facilidade de manuseio (não precisa de saca-rolhas), é reciclável e ainda não é sucetível a tricloroanisol.
Exemplo: Salton Lunae Branco Demi-Sec
Rolha de vidro
Sua fabricação teve início nos anos 2000, então as rolhas de vidro são ainda bem incomuns, utilizadas em vinhos jovens. Possuem boa vedação principalmente por causa de um anel de silicone que evita que a bebida entre em contato com oxigênio e também impede a contaminação de tricloroanisol.
Fonte: Blog Famiglia Valduga